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pedras náufragas

(2016)
instalação com pedras graníticas coletadas in loco em Pedra Azul (MG); cianotipia; dimensões variadas.


A obra “pedras náufragas” (2016) foi criada a partir das incursões realizadas na cidade de Pedra Azul/MG. É a água-marinha que dá nome a esta cidade do sertão mineiro. Conta a lenda que o maior espécime do mundo desta pedra preciosa foi encontrado em uma fazenda local e, por isso, a cidade foi batizada em sua homenagem, em referência à cor azul do mineral. Hoje, elas são escassas na região, muitos dos moradores nunca viram uma.

Instigados pela questão da origem do nome e do imaginário dos cidadãos acerca dele, o duo decidiu trabalhar com pedras graníticas comuns e sem valor coletadas nas principais formações rochosas que circundam Pedra Azul. Após a coleta, banharam-nas em uma emulsão de cianotipia. Tal processo fotográfico recobre com um azul prussiano a face visível das coisas, e acabou por se tornar uma maneira de reativação simbólica daquele material desimportante.

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